Seja no YouTube ou nas redes sociais, é comum encontrar influenciadores promovendo sites de apostas. Com esses tipos de anúncio crescendo a cada dia, uma dúvida que fica no ar é: quanto eles ganham para fazer esse tipo de propaganda?
Nas linhas a seguir, vamos falar sobre os ganhos de influenciadores que divulgam esse tipo de serviço, além de mencionar sobre outros tópicos envolvendo apostas. Confira!
Mercado bilionário: como funciona a divulgação das apostas?
O mercado de apostas gira bilhões por ano, especialmente com as divulgações feitas por meio da internet. Entretanto, é preciso estar atento a publicidades que são falsas e fazem o usuário perder dinheiro.
A dica aqui é a seguinte: quer realizar apostas? Escolha muito bem a casa de apostas que deseja investir. Jogos esportivos, por exemplo, são liberados no Brasil e, assim, possuem toda uma legislação por trás que garantem direitos ao usuário.
Afinal, conhecer onde você está injetando dinheiro é uma forma de otimizar seus ganhos. Nada de apostar no primeiro site que um influenciador famoso divulgar – em alguns casos, a publicidade pode ser até manipulada por eles e pela empresa responsável.
Quanto um influencer cobra por post de apostas?
Antes de falar de números, é importante ressaltar que os valores ganhos para fazer uma divulgação de qualquer espécie depende de alguns fatores. Além do canal onde o post, foto ou vídeo será veiculado, o número de seguidores também tem peso quando se fala em comissão para esse tipo de trabalho.
Em entrevistas recentes, duas influenciadoras divulgaram valores que foram oferecidos para fazer publicidade de jogos de azar. Uma delas é Letícia Fonseca, que tem mais de 660 mil seguidores no Instagram, e revelou esses dados em um bate-papo publicado no site da Glamour.
No bate-papo, ela disse que já recebeu proposta com os seguintes valores:
- R$ 20 mil para fazer um story divulgando jogos de azar;
- R$ 50 mil para colocar uma foto no feed;
- R$ 30 mil para fixar essa mesma imagem no perfil.
Ela também mencionou que os vídeos divulgados pelos influenciadores são manipulados, já que o famoso não está, de fato, testando sua sorte no jogo.
"Quando você vê algum influenciador ganhando dinheiro nesses jogos de azar, na verdade, aquilo é um vídeo pronto, onde eles fingem que estão jogando, quando, na verdade, o vídeo já está pronto", comentou Letícia ao site da Glamour.
Camilla de Lucas, que tem mais de 9 milhões de seguidores no Instagram, também falou sobre o assunto ao Portal Correio. Ela confirma os valores mencionados por Letícia, além de dizer que essas empresas costumam fechar contrato com criadores de conteúdo que possuem entre 100 mil e 800 mil seguidores. Dessa forma, elas usam a credibilidade desses influenciadores para atrair mais apostadores.
“As casas de aposta escolhem influenciadores grandes para poder trazer relevância para aquele jogo. As pessoas têm número e têm um pouco de credibilidade para fazer com que os seguidores acreditem que aquele é um jogo sério, que vai pagar”, comentou Letícia. Porém, esse pagamento nem sempre acontece.
Entenda a polêmica envolvendo jogos de azar e influencers
O assunto sobre influenciadores que trabalham divulgando jogos de azar ganhou mais força em dezembro de 2023. No dia 17 do mês em questão, o Fantástico, da Globo, divulgou uma reportagem denunciando fraudes envolvendo a plataforma Blaze e o "Jogo de Aviãozinho".
No caso da Blaze, a polícia de São Paulo iniciou uma investigação após a denúncia de que a empresa não estava pagando prêmios mais altos. Na ocasião, a suspeita era de que a plataforma estava envolvida em estelionato, levando ao bloqueio de R$ 101 milhões, bem como a retirada do site do ar.
Uma das maiores dificuldades nesse tipo de ação está no fato de que muitas dessas empresas não estão sediadas no Brasil. No caso da Blaze, por exemplo, seu escritório central fica localizado em Curaçao, país onde não há nenhum tipo de proibição referente aos jogos de azar.
Apostas esportivas são consideradas legais para divulgação?
No Brasil, o segmento de apostas esportivas é algo relativamente recente, já que muitas empresas que atuam nesse setor começaram a ganhar força por aqui no período da pandemia. E, ao menos no que diz respeito às operações, elas são legais e tem por base uma autorização emitida em 2018.
Falando especificamente sobre apostas esportivas, a lei 13.756 dita algumas regras para o que é conhecido como quota-fixa baseada em resultados de temáticas esportivas. Uma delas, por exemplo, é que a empresa tenha sua sede baseada em outros países, além de não possuir pontos de venda fixos por aqui.
Muitas dessas empresas acabaram se tornando conhecidas exatamente por atuarem como patrocinadoras de grandes clubes nacionais. Em uma matéria divulgada no Estadão em maio de 223, por exemplo, foi mencionado que essas companhias investem cerca de R$ 3,5 bilhões na modalidade.
Entretanto, é necessário entender a diferença entre as práticas de Betting e Gambling. O Betting diz respeito a apostas que dispõem de habilidades ou análises profundas de ganhos ou perda, como no caso das apostas esportivas.
Já o Gambling está relacionado inteiramente ao jogos de azar – que são proibidos no país. Portanto, os famosos "Tigrinho" e "Aviãozinho" não são aceitos legalmente no Brasil por dependerem essencialmente da sorte ao apostar.
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